Em todos os cantos, notícias de calamidades, de maldades sem sentido, de dor, de profunda dor.
Parece que a Terra sofre sem cessar...
Terremotos e tsunamis agitam o orbe, mas também atingem o âmago do ser, que se remexe interiormente, buscando novo estado íntimo.
Sabemos de tudo que acontece em qualquer canto do mundo e, estranhamente, o que mais nos interessa ainda, são as desgraças. Elas vendem – usando do linguajar lamentável que aprendemos a repetir.
Boas notícias, bons acontecimentos são exceção! Será mesmo?
Fala-se em demasia de economias em crise, como se a felicidade do mundo fosse medida apenas por sua situação econômica. Se as economias vão mal, tudo vai mal. Será?
O que pode mudar essa paisagem? O que pode mudar esse sentir?
Como caminhar no meio disso tudo, sem se impregnar de um negativismo pegajoso, quase inevitável?
Como criar os filhos? Como criar asas? Como manter os sonhos?
O que pode mudar essa paisagem? O que pode mudar esse sentir?
O amor.... ainda o amor.
* * *
Tudo ama.
A vida é um cântico de exaltação ao amor.
Osculando a rosa, arranca-lhe o sol haustos de perfume.
Acariciando o regato, toma-lhe o ar balsamizante orvalho.
Espraiando-se a luz, no firmamento, recebe-lhe a Terra magnetismo refazente.
Desde o verme que no subsolo labora, pela honra do pão, até os refulgentes oceanos de astros nas galáxias do infinito, a vida é um hino ao amor.
Mergulha a planta a raiz na madre do solo, e da junção afetiva desdobram-se flores e frutos, abençoando a interdependência da planta e da terra.
Ergue-se a criatura ao Criador em oração e responde o Criador à criatura na inspiração.
Tudo vibra e ama: a gota d´água vitalizando o vegetal e a partícula de húmus fertilizando o deserto.
No entanto, o homem chora, sofre e se entristece...
Só ele guarda na face as marcas da inquietação...
Dor é bênção, aflição é ensinamento, tristeza é oportunidade de renovação, sofrimento é resgate...
Nascido na carne pelo impulso sublime da lei para evoluir, detém-se muitas vezes fora da lei, fugindo de si mesmo para enfrentar-se mais tarde.
E tudo é amor...
* * *
Abra para esse amor, coração alanceado que chora, as portas da sua luta, e avance cantando ao ritmo do trabalho a melodia da esperança.
Você defrontará em toda a parte a mensagem da vida, forjando formas e aspirações novas, corporificando o infinito amor de nosso Pai, para a glória de nós todos.
* * *
Já comunicamos nosso amor hoje?
Para alguém, para a natureza, para o sol, para a vida...
Podemos ir além do dizer eu te amo, embora estas palavras mágicas funcionem sempre muito bem quando ditas de coração, com sinceridade.
Não deixemos de levar nosso amor a alguém, enquanto é hoje, enquanto ainda há tempo...
Redação do Momento Espírita, com base no cap.40, do livro Sementeira da fraternidade, de Divaldo Pereira Franco, por diversos Espíritos, ed. LEAL. Em 7.11.2013.
Fonte: http://www.momento.com.br/
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