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"... O amor é a religião que vai transformar o mundo... o querer bem... o querer o bem do outro..." - Padre Fábio de Melo

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domingo, 30 de setembro de 2012

ENCONTRANDO A SI MESMO




O mundo é muito belo para quem tem olhos de ver, e pode ser uma prisão, para os aprisionados de si mesmos; a beleza se encontra por dentro, com a felicidade.

A humanidade já está na fronteira do Espírito.

Ás vezes alguém fala que o Cristo veio ao mundo em época errada porque os homens ainda não estavam preparados para tal desempenho no reino da moral.

Respondemos que não há erro nos planos da espiritualidade maior; ele aparece no cenário da Terra na hora certa, trazendo a mensagem do amor para os homens, porém, ela fica latente no coração, como que em descanso, aguardando a maturidade dos sentimentos.

O trabalho da espiritualidade é demorado; tem um certo compasso, mas não pára; é progressivo no seu crescimento. O homem inteligente no mundo se entrega aos vôos da sabedoria, buscando em todos os níveis do saber o de melhor para a sua vida, batendo em todas as portas para encontrar a felicidade, e por vezes aliviando em muito as suas inquietações.

Mas o tempo mostra para onde ele deve ir, onde ele deve buscar a paz, onde se encontra a felicidade verdadeira, que não está longe, brilhando na sua intimidade.

As guerras fratricidas, os acordos mentirosos, os assaltos às terras alheias nos mostram onde se encontra o homem; ele ainda não encontrou a si mesmo, porque busca fora o que está dentro: o verdadeiro tesouro para sua libertação, que são os talentos espirituais, é que dorme silenciosamente nos seu mundo interno, esperando que o seu interesse o acorde para despejar luzes em toda a sua vida. Por falta de exemplos não é que ele desencontra de si mesmo; é por falta de maturidade espiritual, de cujo trabalho o tempo se encarrega.

Estamos no fim dos tempos das trevas que, para quem já aprendeu a lição, pode ser chamado de mal. Agora, com o advento do Espiritismo, os jardins estão florindo no centro da vida de cada ser, e o perfume ascendente rumo a todos os sentidos, para o conhecimento da verdade, de modo que a alma se liberte das cadeias da ignorância.

O homem nasceu simples e ignorante, mas, não permaneceu nesses estágios; avançou para frente em busca de outros valores. Jesus é, pois, o marco para a humanidade; o Evangelho é escrito em muitas dimensões e serve para todos, mesmo para os Espíritos que já deixaram a carne e trabalham no mundo espiritual. Ele é o Mestre por excelência de todos nós e, portanto, damos graças a Deus.

A tolerância que os benfeitores espirituais têm com todos nós é por terem passado pelos mesmos caminhos, e que por vezes terão de voltar a Terra, para outros processos de despertamento espiritual. Compete a nós outros fazer a nossa parte, nos esforçando todos os dias para melhorar, esquecer o ódio e viver no amor, esquecer a ingratidão e viver a caridade, esquecer a violência e viver na compreensão, esquecer a intolerância e viver o perdão, esquecer a guerra e viver a paz, esquecer a maledicência e viver a benevolência...

Quando o homem descobrir o caminho interno da salvação, a harmonia se instalará no mundo inteiro, como sendo o paraíso que estava perdido e foi encontrado. Quando ele esquecer a tristeza e viver na alegria cristã, a vida lhe sorrirá dando-lhe a paz, aquela paz que o mundo não pode dar.

Meditemos no que temos feito da vida, que encontraremos muita coisa que deve ser mudada; não que sejamos maus, mas às vezes ainda ignoramos o valor do bem, cuja fonte está dentro do nosso coração a pedir o toque das nossas generosas mãos. Somos filhos de Deus, mas existe algo para nós fazermos; a nossa felicidade, de certa maneira, depende de nossos esforços nas lutas.

Descubramos a nossa paz, pois ela existe pertinho; avancemos, trabalhemos e oremos a Deus, pedindo a Ele que nos ajude a descobrir em nós o manancial de luzes que se encontra ao nosso alcance, faltando pouco para nos inundar de paz, de alegria, de felicidade e de amor. Ninguém faz mal para o nosso caminho, ninguém persegue, ninguém tira o que é nosso. O que não nos permite o avanço é uma força divina que se chama Justiça, que é o mesmo Deus. Não esmoreçamos na nossa busca, mesmo que demoremos a encontrar a nós mesmos; prossigamos, buscando, que foi Jesus quem disse: "Buscai e achareis".

Se não sabemos por onde começar, comecemos pensando no que devemos buscar, que todas as realizações têm início nas idéias, para depois se materializarem nas ondas da persistência. O que se passa em problemas é uma preparação para que se tenha maturidade.

A natureza nos experimenta por muitos meios. Disse o apóstolo Pedro "Granjeai amigos", e é fazendo amigos pelo bem que fazemos com que os nossos infortúnios diminuam, nos ajudando a carregar a nossa cruz e aliviando o nosso fardo.

Ninguém pode viver sozinho; Deus criou um laço de fraternidade que liga todas as criaturas e todas as coisas em um só ninho da própria Divindade. Ajudemos a nós mesmos, descobrindo nossos valores, e não nos esqueçamos que o Senhor não abandona a ninguém. E ainda mais, colocou Jesus para ser o nosso guia,sendo que o Seu amor foi tanto para a humanidade que chegou a descer e vestir a roupagem humana, apesar da Sua característica divina.

Para conhecermos Deus, somente trilhando pelos caminhos internos; para sentirmos Jesus, somente pelas vias do coração. O céu se encontra na nossa intimidade e o comando da vida gera por dentro a nossa felicidade.

De “Convites aos corações”, de João Nunes Maia, pelo espírito Scheilla

***

Reflexão:

O caminho é interior. Se trata de abrir o coração, não para que entre o AMOR, mas sim para que saia, porque somente quando damos podemos receber, e sempre recebemos o que damos.

O Amor reside em todos os corações humanos!

terça-feira, 25 de setembro de 2012

O DESTINO




Destino e livre-arbítrio sempre coexistem nas atividades humanas.

O Criador Infalível estabelece a Vida Universal. O homem falível traça os roteiros da vida que lhe é própria.

O Pai organiza as leis eternas. O filho vale-se das experiências.

Não há fatalidade para o mal e sim destinação para o bem. É por isso que a todas as criaturas foi concedida a bênção da razão, como luz consciencial no caminho.

Se o Senhor Supremo estatui diretrizes e recomenda aos homens a execução dos princípios formulados, o homem é compelido a cooperar em sua obra divina.

De desobediência da alma aos supremos desígnios procedem as desarmonias no serviço universal. E quanto maior a expressão de entendimento no espírito rebelde, mais agravo da responsabilidade caracteriza a intervenção indébita do colaborador humano que abusa da magnanimidade das Leis Divinas. Quanto maior a capacidade do discernimento, mais vasto o débito.

Que a alma encarnada, pois, compreenda o trnscendentalismo das divinas concessões e desmpenhe os deveres que lhe competem no caminho diário. Ninguém fugirá ao doloroso trabalho individual de recomposição dos elos quebrados na corrente da universal harmonia.

Cada devedor será defrontado pela própria dívida, agora ou mais tarde, atentos à realidade de quem nem todas as sementes produzem frutos dentro de alguns dias ou de algumas semanas. Se os minúsculos grãos de vida dos legumes oferecem resultados em alguns dias, plantas existem que só fornecem a multiplicação de valores no curso de longos anos. Assim, nossos atos e compromissos. Nem todos proporcionam efeito sem tempo breve. Daí a necessidade dos indivíduos e dos agrupamentos quanto à real observção da vigilância no círculo de sí mesmos.

O Pai concede a bênção da oportunidade. Mas ao filho encontra-se afeta a cooperação.

Há, portanto, leis que regem a vida e, conseqüentementte, destinação de homens e coletividades a essa ou àquela tarefa, a esse ou àquele trabalho nas edificações da experiência humana; entretanto, nesse campo, permanece o homem – colaborador de Deus – com a sua capacidade de execução e também de influenciação ou interferência.

Que todos nós, portanto, usando os sagrados dons da liberdade interior, colaboremos com o Pai no maior engrandecimento de sua obra, a fim de que, no esplendoroso amanhã do futuro, venhamos a integrar as fileiras dos servidores fiéis, a caminho da justa e real glorificação na Eternidade.

Site: Centro Espírita Seara dos Pobres
Pelo Espírito de: Emmanuel
Psicografia de Francisco Cândido Xavier

Fonte:  http://artigosespiritas.wordpress.com/

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

JUSTIÇA EM NÓS MESMOS



Transitam à margem da consciência com os centros da lucidez nublados, vivendo trágicos espetáculos íntimos que remontam ao passado.

Passam, na vida física, hibernados espiritualmente.

Auto-flagelam-se, apagados para a liberdade.

Estão hipnotizados.

As experiências vividas na Erraticidade imprimiram-se no perispírito vigorosamente, e renasceram sob o império coercitivo das evocações...

Apegam-se às idéias extravagantes que vibram nos centros mentais.

Em semi-transe, enovelam-se, cada dia, mais fortemente nos liames do próprio desequilíbrio.

Mumificam-se em espírito.

São dignos de compaixão.

Estão no lar, nas oficinas de trabalho, nas ruas, em toda parte.

Creram no poder da posse...

Vilipendiaram a justiça, zombando da verdade.

Viveram para si mesmos, esmagando esperanças alheias, trucidando alheias aspirações.

Dormiram, enquanto na carne, na inconsciência da verdade, empedernindo os sentimentos, enregelando o coração.

Renasceram prisioneiros de si mesmos, depois das aflições punitivas vividas antes do berço...

Há, por isso mesmo, mais hipnoses entre desencarnados e encarnados do que pensam, na Terra, os homens.

* * *

Disciplina o querer para conduzires com equilíbrio o que tens.

Corrige o ambicionar a fim de viveres longanimente o que possuis.

Respeita o direito alheio ante o próprio direito.

Medita na transitoriedade do carro carnal que te conduz, aplicando as regras da conduta reta na vida diária, tendo em mente que nada passa ignorado... à consciência individual, que representa a Consciência Divina em nós.

O patrimônio mental registra todos os seus atos, aspirações e cuidados. Enganarás, passando despercebido diante de todos e desnudo ante ti mesmo.

Acomoda o coração, harmoniza o pensamento, aceita a dificuldade, faze o bem que possas, disseminando otimismo e entusiasmo mesmo que chovam sobre a tua cabeça incompreensões e apupos.

Os vivos-mortos não te compreenderão; os hipnotizados não alcançarão teus esforços; os hibernados estarão mentalmente distantes; os atormentados demorarão aquém; os precipitados não darão tempo; muitos quererão esmagar-te na ânsia louca de prosseguir na busca de coisa nenhuma. Prossegue tu, com o espírito alentado, alentando, o coração amante, amando, vivo e atuante para a vida imortal, apesar das sombras e de tudo, banhado e revigorado intimamente pelo Sol do Amor Total.

* * *

Em "A Gênese", o abençoado Codificador informa que o renascimento na carne não significa "punição para o espírito" conforme pensam alguns, mas uma condição inerente à inferioridade do Espírito e um meio de ele progredir; no entanto, aqueles que recomeçam desde o berço sob o entorpecimento moral e mergulham no desalinho mais tarde, vitimados por hipnoses espirituais inferiores, estão sendo punidos pela própria consciência ligada aos débitos que seguem a alma como a "sombra acompanha o corpo" aonde vai.

Vive, pois, mentalmente com elevação e sabedoria, entesourando amor e bondade porquanto se o "reino de Deus", como apregoou Jesus "está dentro de nós" a manifestação da justiça como corretivo aos nossos crimes demora-se, igualmente, conosco e em nós mesmos.

Livro: Dimensões da Verdade
Joanna de Ângelis & Divaldo P. Franco

Fonte: http://www.mensagemdeluz.kit.net/

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

AS QUEIXAS




Dilui a queixa sistemática, que te torna uma pessoa de difícil convivência.

É muito desagradável a companhia que está sempre a reclamar, vendo defeitos em tudo e desejando que o mundo gire na sua órbita e de conformidade com a sua maneira de ver as coisas.

Não poderás modificar os outros, porém, deves empenhar-te para conseguir a própria transformação para melhor. Se tudo te desagrada e estás, costumeiramente, reclamando, cuidado, porquanto esta é uma atitude de quem está de mal com a vida e vive mal consigo mesmo.

É necessário que te toleres, aprendendo a ser tolerante com o próximo.


Livro: Vida Feliz
Joanna de Ângelis & Divaldo P. Franco


Fonte: http://www.mensagemdeluz.kit.net/

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

NOSSOS ENTES QUERIDOS





Um ponto importante, nas relações afetivas: a nossa atitude para com os entes amados. Habitualmente, em nossa dedicação, somos tentados a escolher caminhos que supomos devam eles trilhar.

Inclinação esta mais do que justa, porquanto muito instintivamente desejamos para os outros alegrias semelhantes às nossas.

Urge considerar, entretanto, que Deus não dá cópias.

Dos pés à cabeça e de braço a braço, cada criatura é um mundo por si, gravitando para determinadas metas evolutivas, em órbitas diferentes.

À face disso, cada pessoa possui necessidades originais e tem o passo marcado em ritmo diverso.

A vida, como sucede à escola, é igual para todos nos valores do tempo; no entanto, cada aprendiz da experiência humana, qual ocorre no educandário, estagia provisoriamente em determinado caminho de lições.

*

Aquele companheiro terá tomado corpo na Terra a fim de casar-se e construir a família; outro, porém, ter-se-á incorporado no plano físico para a geração de obras espirituais com imperativos de serviço muito diferentes daqueles da procriação propriamente considerada.

*

Essa irmã terá nascido no mundo para a formação de filhos destinados à sustentação da vida planetária; aquela outra, todavia, terá vindo ao campo dos homens a fim de servir a causas generosas em regime de celibato.

*

Cada coração pulsa em faixa específica de interesses afetivos.

Cada pessoa se ajusta a certa função, compreendendo assim, sempre que a nossa ternura se proponha traçar caminhos para os entes amados, saibamos consagrar-lhes, em silêncio, respeitoso carinho, e, se quisermos auxiliá-los, oremos por eles, rogando à Sabedoria Divina os inspire e ilumine, de vez que só Deus sabe no íntimo de nós todos aquilo que mais convém ao burilamento e à felicidade de cada um.

* * *

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Rumo Certo.

Ditado pelo Espírito Emmanuel.

5a edição. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1991.

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