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"... O amor é a religião que vai transformar o mundo... o querer bem... o querer o bem do outro..." - Padre Fábio de Melo

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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

NOSSO MUNDO ÍNTIMO


Não há quem de nós não traga na alma tormentos e dificuldades a serem vencidas.
No processo natural de aprendizado e de crescimento, a cada vida que iniciamos aqui na Terra, a cada vez que renascemos, trazemos os recursos que a alma adquiriu em outras experiências vividas.
É natural que, nessa herança que a alma possui, tenhamos valores positivos e negativos, virtudes e paixões, na complexa estrutura de nossa intimidade emocional.
Nenhum de nós pode se considerar eleito do Senhor, ou proprietário de dons divinos concedidos gratuitamente, por cujas conquistas nada fizemos.
Somos apenas o resultado das nossas opções, felizes ou nem tanto, feitas ao longo das jornadas já vividas.
A realidade moral e emocional que pulula em nosso mundo íntimo é a somatória de tudo o que já adquirimos.
Analisando sob esse aspecto, compreendemos que é a nós mesmos, ao nosso mundo íntimo, que devemos imputar a responsabilidade das dificuldades e dos problemas, das dores e dos desafios que enfrentamos.
O que nos difere uns dos outros é apenas a maneira como lidamos com a situação, com as emoções e as tendências que trouxemos para esta existência.
Uma possibilidade é nos acreditarmos vítimas, cultivando a ideia de que nascemos de determinada forma e que assim iremos passar toda esta existência.
Com tais pensamentos, engrossaremos as fileiras daqueles que pensam que o que trazemos em nossa intimidade é um fatalismo e, portanto, não há como mudar.
Assumimos que apenas resta aprender a conviver conosco mesmos. Ante as dificuldades com nosso jeito de ser, não nos esforçamos para nos modificarmos.
Nessa postura, não há como aproveitarmos os embates e oportunidades que a vida oferece como matéria de reflexão e aprendizado.
Perdemos a chance de crescer com os reveses da vida. Não utilizamos a oportunidade para repensarvalores, reorientar diretrizes, nos refazermos.
Porém, há uma outra maneira de entendermos nosso mundo íntimo.
Ao descobrirmos em nós valores e tendências que não nos agradam, ou que nos geram dificuldades, passarmos a lutar para modificá-los.
Entendendo que a alma está em constante aprendizado, vermos as dores, desafios e problemas que nos chegam como convites e oportunidades de crescimento.
partir desse momento, passamos a investir na reflexão, na meditação e na análise de nossa intimidade.
Começamos a tentar entender nossas ações e reações, analisando como fazer para nos tornarmos melhores.
Tendo a Jesus como referência, partindo da sua proposta de amar a si mesmo e ao próximo como a lei maior da vida, vamos renovando nosso mundo íntimo.
Aos poucos, substituímos as tendências perniciosas que ainda guardávamos, por valores nobres e de plenitude.
Iremos, dessa forma, construindo o ser integral, pleno e em consonância com a proposta de felicidade que é o plano de Deus para nós.
Investirmos em nós mesmos a fim de, no decurso da caminhada, irmos nos dando conta do quanto crescemos em qualidade, do quanto nos tornamos melhores.
E, por isso, nos felicitarmos. Termos a alegria de verificar a superação de hábitos infelizes, de atos desagradáveis.
Termos a certeza, enfim, de que estamos aproveitando muito bem a presente jornada reencarnatória.

Redação do Momento Espírita. Em 30.12.2013.


Karunesh - Heart Chakra Meditation

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

A LUZ



Ele não tinha sombras. Ele era Luz. Veio para as trevas e as trevas não O reconheceram.
Brilhou em meio à escuridão mas, os que perceberam Sua luminosidade, nada mais desejaram senão apagar a Luz que irradiava.
Ele não tinha sombras porque era perfeito. Nenhum traço de inferioridade lhe manchava a personalidade. Antes que a Terra exalasse seu primeiro suspiro como um planeta propício à vida, Ele já era.
Por isso, muitos O julgaram o próprio Incriado e O confundiram com a Divindade. Mas Ele, sempre correto, esclareceu, desde o primeiro momentoEu vim para cumprir a vontade de meu pai, que está nos céus.
Ele não tinha sombras. Nenhuma culpa, nenhum senão lhe maculava o Espírito.
Por isso, podia estabelecer o convite: Vem e segue-me.
Senhor do mundo, pastor de um rebanho de almas incultas, eivadas de erros e de viciações morais, veio para as conduzir.
Contudo, nem todos lhe ouviram a voz ou O desejaram seguir naqueles tempos.
Por isso, Ele prossegue com o insistente chamado, anunciando as bem-aventuranças do Reino do Pai.
Ele era a Luz. Os que nada desejavam senão espalhar sua própria sombra, O perseguiram, levantando calúnias, engendrando maldade.
Ele respondia com amor. Por onde passava, deixava pegadas luminosas a fim de que os que viessem empós, na fieira do tempo e das vidas, pudessem segui-lO. Quando o desejassem, quando lhe pudessem compreender a mensagem.
Falando com a autoridade de quem faz o que recomenda, Ele se dirigia aos Espíritos perturbadores e infelizes, arrancando-os da insensatez.
A Sua era a mensagem da paz: A minha paz vos deixo, a minha paz vos dou.
Senhor das estrelas, não amealhou bens perecíveis, antes preocupou-se em conquistar corações para o Reino de Deus.
A quem O feria, qual o sândalo que perfuma o machado que o agride, brindava com o aroma da Sua paz.
De tal forma isso impregnava a criatura que não mais O esquecia. E, na poeira do tempo, optava por se entregar a Ele.
Manso como as pombas, jamais se deixou vencer pelos violentos, a eles respondendo com a dignidade da Sua conduta.
Ao soldado que O esbofeteou em plena face, indagou, sem medo: Se disse algo equivocado, aponta meu erro. Mas, se nada disse errado, por que me bateste?
E, quando a hora soou, qual um cordeiro levado ao altar dos holocaustos, Ele se entregou, sem reagir.
E, sozinho, enfrentou o juízo arbitrário dos pigmeus que detinham o poder tolo e temporário: Anás, Caifás,Pilatos.
Ele era o Senhor do Mundo e submeteu-se à justiça comezinha dos homens, ensinando que o exemplo fala mais alto do que as palavras.
Ele era a Luz. Até hoje, Ele brilha e espera.
Espera que as Suas ovelhas lhe atendam ao chamado, reconheçam a Sua voz e descubram que com Ele não mais haverá noite de solidão e amargura.
Que com Ele, não haverá sede de justiça porque Ele é a água viva, que dessedenta para sempre.
Com Ele não haverá carências pois Ele é a plenitude.
Ele é Jesus, o Filho de Deus, o Bom Pastor das nossas almas.
Ele é o Enviado, o Messias aguardado no tempo e anunciado por séculos na voz dos profetas.
Ouçamo-lO. Sigamo-lO. Ele é a Luz, o Caminho, a Vida...

Redação do Momento Espírita. Em 20.12.2013. 


Fábio Júnior - Jesus (Música Espírita)

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

PARA JESUS, O CORAÇÃO


A jovem mulher estava no final de suas forças.
A viagem havia sido longa e cansativa. 
Não havia vagas nas hospedarias e, mesmo que houvesse, o dinheiro era pouco.
Por generosidade de um senhorio, ela e seu marido receberam como abrigo uma estrebaria, a fim de que, ao menos, não passassem a noite ao relento.
Recostada sobre um amontoado de feno e tecidos velhos que se improvisaram em modesta cama, a flor de seu ventre desabrochou em luz e ela O tomou em seus braços, trazendo-O para perto de seu coração.
Então, as palavras do emissário do Senhor ressoaram em sua alma uma vez mais: Não temas, Maria. Eis que conceberás e darás à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e será chamado filho do Altíssimo.
*   *   *
O médico fazia sua ronda nos diversos quartos do hospital.
Feliz Natal! - Desejava ele aos seus pacientes, pois aquele era o esperado vinte e cinco de dezembro.
Tal felicitação era mais uma questão de educação, pois o médico, em toda sua vida, nunca se considerara um homem de fé. Embora respeitasse todos os credos, Deus nunca passara de uma incógnita para ele.
De forma súbita, porém, a paz e a quietude da instituição foram quebradas por um alvoroço que vinha da recepção.
O médico, rapidamente, se dirigiu para lá, a fim de tomar conhecimento do que estava ocorrendo.
Era um taxista que discutia, de forma veemente, com a recepcionista do hospital.
Em seu carro estava uma moradora de rua, que ele encontrara em uma calçada. Ela estava prestes a dar a luz.
Todavia, aquele era um hospital particular e, sem o pagamento antecipado, a recepcionista não poderia permitir a admissão da gestante.
O médico, percebendo a gravidade da situação, tomou a frente do caso e, dando ordens à sua equipe, pediu para que internassem a mulher e se desse andamento aos procedimentos. Ele mesmo faria o parto.
Logo mais, nascia um lindo e saudável menino.
Olhando para o recém-nascido, o médico se sentiu profundamente emocionado.
Tomando-o em seus braços, ele se recordou do pouco que sabia acerca do nascimento do Mestre Nazareno.
Lembrou-se de que, assim como aquela criança, Jesus nascera muito pobre e, contudo, realizara grandes prodígios.
Ele pouco compreendia o Rabi Galileu, mas, quando olhou para o pequeno, viu nele o rosto do outro menino, o que nascera em Belém. E pareceu-lhe que o Cristo lhe estava sendo apresentado.
Naquele instante, fez-se Natal em seu coração.
*   *   *
Há muito mais para o Natal do que a luz das velas, majestosos banquetes e presentes.
Para o inimigo, o perdão. Para o oponente, a tolerância. Para a família, a gentileza. Para o próximo, o amor. Para o necessitado, a caridade. Para os que partiram, a oração. Para o mundo, a paz. Para Jesus, o coração.
Assim, de cada ato nascerá o Cristo e a voz dos mensageiros celestes eternamente ecoará nas profundezas de nossas almas: Glória a Deus nas alturas. Paz na Terra. Boa vontade para com os homens.

Redação do Momento Espírita. Em 18.12.2013.


The Rose of Kildare - Bill Douglas

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

O FOGO QUE AQUECEU O MENINO

Conta-se...
Que o fogo que aqueceu o menino
Ao lado da manjedoura,
Naquela noite inesquecível,
Sentiu-se profundamente honrado em servir, de forma tão especial... Mesmo que por tão pouco tempo.
Conta-se...
Que nem mesmo o fogo foi o mesmo,
Depois da chegada daquele menino.
*   *   *
Talvez a palavra servir ande desgastada.
Ou ainda, vague por aí nas brumas da incompreensão ou do preconceito, como tantas outras.
Falar em servir, falar em servo, remete-nos a sofrimento, a subserviência, a subjugação. E, disso tudo estamos enfadados realmente.
Porém, a palavra servir é uma das mais belas que existe, uma vez que descobrimos seu verdadeiro sentido. E, nada como o Natal para descobrir significados novos, ampliar horizontes, refazer caminhos e compreensões da vida.
Servir é devotar-se a algo, a alguém. Servir é entregar-se a uma causa, a um amor, a um ideal.
Assim, ser servo é ter sentido na vida, é ter noção clara para onde se quer seguir todos os dias.
Servir à família, servir ao casamento, servir à profissão, servir à comunidade...
Não se trata de se colocar abaixo, no sentido de se ter menos valor do que... Trata-se de doar-se inteiramente a algo em que se acredita.
Se percebermos bem, em a natureza tudo serve. E mais, serve feliz.
Notemos isso com atenção: na natureza tudo serve com alegria.
Quando encontrarmos, finalmente, nossa vocação maior de servir, servir por completo, descobriremos um caminho seguro para nossa própria felicidade.
Neste Natal, quando recordamos o nascimento do Mestre entre nós, e refletimos sobre tantas coisas, pensemos sobre isso.
Ele, o maior de todos, Espírito puro, foi capaz de dizer: Estou entre vós como quem serve.
Sim, Ele se comportou como grande servidor. Suas lições, Seus exemplos, Sua doação completa foram Sua forma sublime de nos servir, para que conhecêssemos o amor de uma forma nunca antes ensinada.
O espírito do Natal, então, é o espírito de servir, de dar, de dar-se, e não de receber.
Olhe para os lados e pergunte: De que forma posso servir melhor minha família? De que forma posso servir minha comunidade? Como posso ser um bom servidor de meu país?
Cada um de nós pode servir de muitas formas!
Não é necessário ter posses para servir. Servimos com palavras, com habilidades, com nosso tempo, com nosso sorriso, com nossa amizade.
Façamos algo diferente neste Natal, perguntando: De que forma posso servir? De que forma posso servir melhor?
A vida vai nos responder prontamente, pois o trabalho sempre aparece para aqueles que se predispõem a laborar pelo bem.
Dessa forma, estaremos figurando nas fileiras luminosas daqueles que trabalham pelo bem na Terra, daqueles que, incansáveis, vêm sendo os agentes transformadores do planeta.
Juntemo-nos a esses tantos servidores humildes, anônimos, do bem. Juntemo-nos aos servidores do Cristo, prestando-lhe a mais bela homenagem que se pode prestar em Seu aniversário.

Conta-se...
Que nem mesmo o fogo foi o mesmo,
Depois da chegada daquele menino.

Redação do Momento Espírita, com versos do poema O fogo que aqueceu o menino, de Andrey Cechelero. Em 13.12.2013.

"Deep Peace" Spiritual. Tribute to Bill Douglas

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

UM QUARTO DE HORA




Quando tiveres um quarto de hora à disposição, reflete nos benefícios que podes espalhar.
***
Recorda o diálogo afetivo com que refaças o bom-ânimo de algum familiar, dentro da própria casa; das palavras de paz e amor que o amigo enfermo espera de tua presença; de auxiliar em alguma tarefa que te aguarde o esforço para a limpeza ou o reconforto do próprio lar; da conversação edificante com uma criança desprotegida que te conduzirá para a frente as sugestões de boa vontade; de estender algum adubo à essa ou aquela planta que se te faz útil; e do encontro amistoso, em que a tua opinião generosa consiga favorecer a solução do problema de alguém.
***
Quinze minutos sem compromisso são quinze opções na construção do bem.
***
Não nos esqueçamos de que a floresta se levantou de sementes quase invisíveis, de que o rio se forma das fontes pequeninas e de que a luz do Céu, em nós mesmos, começa de pequeninos raios de amor a se nos irradiarem do coração.

Autor: Meimei
Livro: Caridade (Espíritos Diversos)
Psicografia de Francisco Cândido Xavier

Loreena McKennith - Seeds of Love

Anexos: 1 
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