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"... O amor é a religião que vai transformar o mundo... o querer bem... o querer o bem do outro..." - Padre Fábio de Melo

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segunda-feira, 30 de junho de 2014

A VOZ DO CORAÇÃO


Encontramos, no seio da cultura greco-romana, a origem da relação existente entre coração e sentimentos.
Naquela época não se conheciam as diversas funções cerebrais e, além disso, o coração é o órgão que registra de maneira mais sensível a variação de nossas emoções.
Quem nunca sentiu o coração disparar ao abraçar um grande amor, ao levar um susto, ao sentir medo, ao sentir raiva?
A origem da palavra coração é um tanto incerta. Na Grécia Antiga, havia a palavra kardia, amplamente utilizada até hoje na língua portuguesa, como é o caso, por exemplo, do vocábulo cardíaco.
Em Roma, tínhamos a palavra cor ou cordis, das quais deriva uma infinidade de palavras que dão a ideia da ligação entre o coração e os sentimentos.
Tal é o caso da palavra concordar, formada pelas palavras latinas con cordis, isto é, com coração. Ou seja, quando duas pessoas concordam, é porque seus corações estão juntos, unidos.
Recordar, por sua vez, quer dizer trazer novamente ao coração, da mesma forma que saber de corsignifica saber com o coração.
Como último exemplo, temos o vocábulo coragem que significa viver com o coração, ou seja, viver de acordo com o que diz o coração.
Embora os avanços da neurociência e a descoberta de como se processam nossas emoções, a verdade é que o coração continua a ser, figuradamente, a sede dos sentimentos.
Expressões como o amor que há em meu coração, por exemplo, são bem comuns em nossa sociedade.
O próprio Jesus utilizou-se dessa figura de linguagem. O Evangelista Mateus, no capítulo onze de seu Evangelho, registra as palavras do Cristo: Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração.

*   *   *
Você já parou hoje para ouvir a voz de seu coração?
Em nossas vidas, tantos são os compromissos, as responsabilidades, que passamos semanas sem darmos um minuto de atenção a nós mesmos.
De repente, ao longo do dia, sentimos aquela vontade quase irresistível de telefonarmos para nossos pais, para nosso marido, esposa e simplesmente dizermos: Oi, tudo bem? Eu te amo!
Nosso coração anseia por tal gesto, mas tantos são os deveres a serem cumpridos, as metas a serem alcançadas, que simplesmente deixamos para depois. E esse depois nunca chega.
Então nos lembramos daquele velho amigo tão querido, que há tempo não vemos. O coração se enche de saudades e pede para que façamos uma ligação, marquemos um encontro, convidemos para um jantar.
Porém, nesta semana, a agenda está cheia de compromissos e na outra também. Por isso, deixamos para daqui duas semanas. Mas as obrigações são diversas. As duas semanas se passam e com elas a lembrança da ligação.
*   *   *
A voz do coração é doce, melodiosa, terna, humilde. É um convite gentil.
Jamais se impõe e jamais se contradiz.
Entretanto, para ouvi-la, é necessária a conscientização da alma, a entrega dos sentidos e o desapego das horas.
Conscientize-se. Sinta. Entregue-se. Desapegue-se.
Ouça o seu coração.
Redação do Momento Espírita. Em 24.6.2014.

Michel Pépé - Les Lumières du Jour
https://www.youtube.com/watch?v=JYrwIab1zbA

terça-feira, 24 de junho de 2014

VELAR COM JESUS


E voltando para os seus discípulos, achou-os adormecidos e disse a Pedro: Então, nem uma hora pudeste velar comigo?" - (MATEUS, 26:40.)
Jesus veio à Terra acordar os homens para a vida maior.

É interessante lembrar, todavia, que, em sentindo a necessidade de alguém para acompanhá-lo no supremo testemunho, não convidou seguidores tímídos ou beneficiados da véspera e, sim, os discípulos conscientes das próprias obrigações. Entretanto, esses mesmos dormiram, intensificando a solidão do Divino Enviado.

É indispensável rememoremos o texto evangélico para considerar que o Mestre continua em esforço incessante e prossegue convocando cooperadores devotados à colaboração necessária. Claro que não confia tarefas de importância fundamental a Espíritos inexperientes ou ignorantes; mas, é imperioso reconhecer o reduzido número daqueles que não adormecem no mundo, enquanto Jesus aguarda resultados da incumbência que lhes foi cometida.

Olvidando o mandato de que são portadores, inquietam-se pela execução dos próprios desejos, a observarem em grande conta os dias rápidos que o corpo físico lhes oferece. Esquecem-se de que a vida é a eternidade e que a existência terrestre não passa simbolicamente de “uma hora”. Em vista disso, ao despertarem na realidade espiritual, os obreiros distraídos choram sob o látego da consciência e anseiam pelo reencontro da paz do Salvador, mas ecoam-lhes ao ouvido as palavras endereçadas a Pedro: Então, nem por uma hora pudeste velar comigo?

E, em verdade, se ainda não podemos permanecer com o Cristo, ao menos uma hora, como pretendermos a divina união para a eternidade?

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Caminho, Verdade e Vida'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier

Michel Pépé : Myriades de Lumière
https://www.youtube.com/watch?v=l14n4ryeI-g

segunda-feira, 23 de junho de 2014

CONFIANÇA


A confiança nas próprias forças enche o homem de coragem e disposição para lutar.
Quem não acredita em si mesmo assume uma postura derrotista.
Antes mesmo de tentar, já admite a derrota.
Todo empreendimento pressupõe planejamento, estratégia e trabalho a ser realizado.
Mas a confiança da possibilidade da vitória é imprescindível para que ela ocorra.
Alguns percalços sempre surgem na realização de uma obra de vulto.
O pessimista vê neles uma confirmação de sua incompetência.
O otimista procura aprender com o malogro, faz ajustes na rota, mas persiste no propósito.
A confiança não é necessária apenas em relação a aspectos materiais da existência humana.
Ela também é imprescindível em questões morais e espirituais.
Muitas pessoas não se dedicam ao burilamento de seu caráter porque acham isso impossível.
Acreditam que seus vícios são herança genética e se conformam com eles.
Assumem que a gula, o egoísmo, a preguiça e a maledicência são características suas.
Imaginam que defeitos morais são imutáveis como a cor dos olhos e a altura.
Entretanto, estão errados.
O corpo não dá defeitos e virtudes a ninguém.
Se fosse assim, a santidade seria apenas um acidente da natureza e não representaria nenhum mérito.
Do mesmo modo, a crueldade e a violência seriam mera decorrência da organização física.
O Espiritismo ensina que todos os Espíritos são anjos em potencial.
Possuem em germe todas as virtudes, mas cada um deve trabalhar para desenvolver seus talentos e habilidades.
A transição da ignorância para a angelitude constitui um caminho muito longo.
Ele pressupõe inumeráveis encarnações para completar-se.
No processo evolutivo, o Espírito, às vezes, erra e, às vezes, acerta.
Gradualmente, vai ganhando lucidez e tornando-se mais assertivo.
Sempre é necessário reparar os estragos causados nas experiências infelizes.
Entretanto, a cada nova experiência o Espírito acumula aprendizado e amplia as possibilidades de agir corretamente.
Habilidades intelectuais e artísticas, virtudes e afinidades constituem a herança do que se viveu.
Mas também velhos hábitos equivocados deixam sua marca.
Assim, as tendências atuais, boas ou más, são o resultado de experiências do passado.
Se um homem é violento, a violência não decorre de seu físico, mas de seu Espírito.
Um Espírito pacífico e equilibrado não será violento, mesmo se animar um corpo de aparência extremamente rude.
Assim, é importante assumir a integral responsabilidade pelo que se é.
Quaisquer que sejam suas características, você se construiu assim.
Mas está inteiramente em suas mãos modificar-se.
Seu destino é a angelitude.
Todas as virtudes dos anjos encontram-se latentes em você.
Compenetre-se dessa verdade e assuma que se tornar alguém  maravilhoso depende apenas de sua vontade, de seu esforço.
Certamente não é fácil romper com velhos hábitos.
Calar a maledicência, cessar o julgamento leviano do próximo, domar a gula, disciplinar a sexualidade, tudo isso exige uma boa dose de esforço.
O mesmo se dá com o desenvolvimento da compaixão, do gosto por leituras sérias e por conversas construtivas.
Entretanto, é possível.
Você foi criado para ser um anjo pleno de amor e sabedoria.
Tenha confiança em seu luminoso destino e lute bravamente para atingi-lo.
Só depende de você.

Redação do Momento Espírita. Em 19.6.2014.
Michel Pépé : La Vallée des Anges - Album La Source d'Emeraude
http://www.youtube.com/watch?v=8nkDtpQgGFA

sexta-feira, 20 de junho de 2014

CONFORTO


"Se alguém me serve, siga-me." - Jesus. (JOÃO, 12:26.)
Freqüentemente, as organizações religiosas e mormente as espiritistas, na atualidade, estão repletas de pessoas ansiosas por um conforto.
De fato, a elevada Doutrina dos Espíritos é a divina expressão do Consolador Prometido. Em suas atividades resplendem caminhos novos para o pensamento humano, cheios de profundas consolações para os dias mais duros.
No entanto, é imprescindível ponderar que não será justo querer alguém confortar-se, sem se dar ao trabalho necessário...
Muitos pedem amparo aos mensageiros do plano invisível; mas como recebê-lo, se chegaram ao cúmulo de abandonar-se ao sabor da ventania impetuosa que sopra, de rijo, nos resvaladouros dos caminhos?
Conforto espiritual não é como o pão do mundo, que passa, mecanicamente, de mão em mão, para saciar a fome do corpo, mas, sim, como o Sol, que é o mesmo para todos, penetrando, porém, somente nos lugares onde não se haja feito um reduto fechado para as sombras.
Os discípulos de Jesus podem referir-se às suas necessidades de conforto. Isso é natural. Todavia, antes disso, necessitam saber se estão servindo ao Mestre e seguindo-o. O Cristo nunca faltou às suas promessas. Seu reino divino se ergue sobre consolações imortais; mas, para atingi-lo, faz-se necessário seguir-lhe os passos e ninguém ignora qual foi o caminho de Jesus, nas pedras deste mundo.
Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Caminho, Verdade e Vida'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier

Michel Pépé  - Ailes de lumières Adagio
https://www.youtube.com/watch?v=2ZHLE9JDNbE

terça-feira, 17 de junho de 2014

ENQUANTO É DIA


"Convém que eu faça as obras dAquele que me enviou, enquanto é dia." - Jesus. (JOÃO, 9:4.)
Sabemos que o labor divino do Mestre é incessante e efetua-se num dia perene e resplandecente de oportunidades; no entanto, para gravar-nos no entendimento o valor real da passagem na Terra, fala-nos Jesus de sua conveniência em aproveitar o ensejo do contacto direto com as criaturas.

Se semelhante atitude constitui motivo de preocupação para o Mestre, que não dizer de nós mesmos, nos círculos carnais ou nas esferas que lhes são imediatas, dentro das obrigações que nos competem na sagrada realização do bem eterno?

Cristo não se refere à necessidade de falar das obras de Deus, mas, sim, de construi-las a seu tempo.

Não ignoramos que, sendo Ele o Enviado do Altíssimo no mundo, os discípulos da Boa Nova são, a seu turno, os mensageiros do seu amor, nos mais recônditos lugares do orbe terrestre. Os que vibram de coração voltado para o Evangelho são, efetivamente, emissários da Divina Lição entre os companheiros da vida material, onde quer que estejam, e bem-aventurados serão todos aqueles que aproveitarem o dia generoso, realizando em si próprios e em derredor de seus passos as obras santificadas dAquele que os enviou.

Jamais desdenhes, desse modo, a posição em que te encontrares. Busca valorizá-la, através de todos os meios ao teu alcance, a fim de que teu esforço seja uma fonte de bênçãos para os outros e para teu próprio círculo. Nunca te esqueças de aproveitar o tempo na aquisição de luz, enquanto é dia.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Caminho, Verdade e Vida'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Michel Pépé - L'eau De Cristal‏
http://www.youtube.com/watch?v=WeRE9FSQDYE

segunda-feira, 16 de junho de 2014

A ARTE DO MATRIMÔNIO


Qual será o segredo dos casamentos duradouros? Casais que convivem há anos falam de paciência, renúncia, compreensão.
Em verdade, cada um tem sua fórmula especial. Recentemente, lemos as anotações de um escritor que achamos muito interessantes.
Ele afirma que um bom casamento deve ser criado. No casamento, as pequenas coisas são as grandes coisas.
É jamais ser muito velho para dar-se as mãos, diz ele. É lembrar de dizer te amo, pelo menos uma vez ao dia.
É nunca ir dormir zangado. É ter valores e objetivos comuns.
É estar unidos ao enfrentar o mundo. É formar um círculo de amor que una toda a família.
É proferir elogios e ter capacidade para perdoar e esquecer.
É proporcionar uma atmosfera onde cada qual possa crescer na busca recíproca do bem e do belo.
É não só casar-se com a pessoa certa, mas ser o companheiro perfeito.
E para ser o companheiro perfeito é preciso ter bom humor e otimismo. Ser natural e saber agir com tato.
É saber escutar com atenção, sem interromper a cada instante.
É mostrar admiração e confiança, interessando-se pelos problemas e atividades do outro. Perguntar o que o atormenta, o que o deixa feliz, por que está aborrecido.
É ser discreto, sabendo o momento de deixar o companheiro a sós para que coloque em ordem seus pensamentos.
É distribuir carinho e compreensão, combinando amor e poesia, sem esquecer galanteios e cortesia.
É ter sabedoria para repetir os momentos do namoro. Aqueles momentos mágicos em que a orquestra do mundo parecia tocar somente para os dois.
É ser o apoio diante dos demais. É ter cuidado no linguajar, é ser firme, leal.
É ter atenção além do trivial e conseguir descobrir quando um se tiver esmerado na apresentação para o outro.
Um novo corte de cabelo, uma vestimenta diferente. Detalhes pequenos, mas importantes.
É saber dar atenção para a família do outro pois, ao se unir o casal, as duas famílias formam uma unidade.
É cultivar o desejo constante de superação.
É responder dignamente e de forma justa por todos os atos.
É ser grato por tudo o que um significa na vida do outro.
*   *   *
O amor real, por manter as suas raízes no equilíbrio, vai se firmando dia a dia, através da convivência estreita.
O amor, nascido de uma vivência progressiva e madura, não tende a acabar, mas amplia-se, uma vez que os envolvidos passam a conhecer vícios e virtudes, manias e costumes um do outro.
O equilíbrio do amor promove a prática da justiça e da bondade, da cooperação e do senso de dever, da afetividade e advertência amadurecida.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. A arte do atrimônio, no cap. Na mulher o homem aprecia, no cap. Na mulher o homem aprecia, do livro Um presente especial, de Roger Patrón Liján, ed. Aquariana e no cap. 2, do livro Vereda familiar, pelo Espírito Thereza de Brito, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter. Disponível no livro Momento Espírita, v. 3, ed. FEP. Em 16.6.2014.


Michel Pépé - La Rose Magnifique - Elixir d'Amour
http://www.youtube.com/watch?v=QeywVkpO1oQ

O MUNDO TEM SEDE DE AMOR




O mundo tem sede de amor!
Quando se despedem da Terra pessoas que simbolizam o amor ao próximo, e o Mundo inteiro verte as lágrimas quentes dos adeuses, é hora de nos determos um pouco para ouvir os apelos da Humanidade.
Não importa a classe social, a condição financeira, a raça, a religião, a nacionalidade, todos, unidos pelo sofrimento, param para prestar uma última homenagem.
Os olhares se encontram, rompem-se as barreiras do preconceito, e um grito surdo explode, em comovente apelo silencioso, clamando por paz, por justiça, fraternidade, solidariedade, amor!
Diante do esquife frio, sente-se que as esperanças se apagarão, assim como as flores que o recobrem estarão murchas dentro de poucas horas.
Parece que tudo não passou de ilusão, que todos os sorrisos, os abraços, a alegria de viver, encontraram o fim no túmulo sombrio.
Todavia, quando a morte cobre com seu manto escuro os olhos físicos, a imortalidade se abre no mais além, gloriosa, descortinando outros panoramas para novas realizações.
A vida segue estuante e bela.
A esperança não cessa com o fim de uma existência.
O Espírito sai do corpo, sem sair da vida, e se é bom, vai se juntar aos demais lidadores da caridade no hemisfério espiritual, dando seguimento às suas atividades.
Aqueles que na Terra sentiram os afagos desse amor, e que já se encontram no plano espiritual, os recebem jubilosos, felizes por tê-los junto outra vez.
As almas caridosas não deixam de o ser porque se libertam do corpo físico, pois a caridade é atributo do Espírito imortal, e não do corpo. Eles deixam a existência terrena mas não abandonam a boa luta.
E para que suas existências tenham valido a pena, é importante que saibamos entender as lições vivas exemplificadas em cada palavra, em cada sorriso, em cada gesto de ternura.
É importante que saibamos ler, no livro da vida, cada página grafada com carinho, fé, disposição e coragem.
Se a pessoa mostra ao Mundo, com humildade, o verdadeiro amor ao próximo, ninguém lhe pergunta qual é sua bandeira religiosa, sua nacionalidade, sua cor, sua raça.
Tão somente é respeitada, porque o Mundo tem sede de amor.
Tantos foram os homens e mulheres que marcaram as estradas terrestres com suas pegadas de luz e seguem no além a ajudar tantos quantos necessitem de seu amor.
Os verdadeiros sábios sempre se preocuparam em deixar uma equipe treinada para levar avante a bandeira da fraternidade que eles ostentavam enquanto encarnados sobre a Terra.
Assim, ao contrário do que pensam alguns, a esperança não vai sepultada com os corpos, mas vive com os que sabem entender a mensagem e levá-la adiante.
*   *   *
Cada Espírito assumiu uma missão individual antes de renascer, visando a própria redenção e, por conseguinte a evolução da Humanidade.
Uns nascem apenas para romper com os preconceitos raciais do seu povo.
Outros, sem medo de curvar-se ante a miséria alheia, rompem os protocolos e as convenções sociais, mostrando ao Mundo que vale a pena lutar por dias melhores.
Tantos nascem tão-somente para exemplificar o amor ao próximo.
Alguns ficam famosos, mas grande é o número daqueles que vêm e vão no mais absoluto anonimato, deixando apenas o rastro de luz por onde passam.
Nesse contexto, não podemos esquecer do exemplo máximo de abnegação que foi Jesus de Nazaré. Ele foi o primeiro mensageiro do amor encarnado sobre a Terra sofrida. Depois Dele, a Humanidade jamais foi a mesma.
E Ele, que jamais nos abandona, constantemente envia Seus anjos para manter acesa a chama da esperança em nossos corações.

Redação do Momento Espírita. Em 08.02.2008.

Loreena McKennith - Seeds of Love
http://www.youtube.com/watch?v=BjlRlr_N0Gs

sábado, 14 de junho de 2014

HÁ DOIS MIL ANOS


Há dois mil anos...
Há dois mil anos, houve Alguém na face da terra que amou a humanidade como jamais ninguém amou.
Há dois mil anos houve Alguém que conhecia e respeitava as leis da vida, e para aqueles que O chamaram de subversivo Ele respondeu: "eu não vim destruir a lei, mas dar-lhe cumprimento."
Há dois mil anos houve Alguém que sabia que a humanidade se debateria em busca de soberania e poder e se precipitaria nos despenhadeiros das guerras cruéis e sangrentas, causando dor e sofrimento. Por isso Ele disse: "minha paz vos deixo, a minha paz vou dou."
Há dois mil anos houve Alguém que adivinhou que você, como indivíduo, deveria caminhar em busca da própria felicidade, e que, embora rodeado de pessoas, haveria momentos em que a solidão o visitaria. E por isso Ele falou: "nunca estareis a sós." "Vinde a mim"
Há dois mil anos houve Alguém que sabia que na escalada para Deus, em alguns momentos você se sentiria meio perdido, sem saber ao certo que caminho seguir. Foi por essa razão que Ele disse: "eu sou o caminho."
Há dois mil anos houve Alguém que conhecia as fraquezas humanas e entendia que densas nuvens se abateriam sobre as consciências dos seres, fazendo-os perder-se na noite escura dos próprios desatinos. Por isso Ele falou: "eu sou a luz do mundo".
Há dois mil anos houve Alguém que conhecia a intimidade das criaturas, adivinhava-lhes as angústias e as incertezas, sabia que muitas seriam as derrotas e que, depois do cansaço das lutas inglórias, buscariam uma rota segura. Por essa razão Ele disse: "eu sou o caminho, a verdade e a vida."
Há dois mil anos, houve Alguém que compreendia a fragilidade dos seus tutelados, que facilmente se deixariam levar pelo brilho das riquezas materiais e escorregariam nas armadilhas da desonra e da insensatez. Por essa razão Ele advertiu: "de nada adianta ao homem ganhar a vida e perder-se a si mesmo."
Há dois mil anos houve Alguém que conhecia a indocilidade do coração humano, que se tornaria presa fácil da prepotência e se comprometeria negativamente com os preconceitos e a soberba em nome de Deus, criando cadeias para a própria alma. E com ternura afirmou: "conhecereis a verdade e a verdade vos libertará."
Há dois mil anos houve Alguém que amou a humanidade como ninguém jamais amou...
E por saber que na intimidade de cada ser humano há uma centelha da chama divina, Ele disse: "brilhe a vossa luz."
E por conhecer a destinação de todos nós, falou: "sede perfeitos."
Conhecedor da nossa capacidade de preservar e dar sabor à vida, afirmou: "vós sois o sal da Terra."
Há dois mil anos houve Alguém que amou tanto a humanidade que voltou, após a morte, para que tivéssemos a certeza de que o túmulo não aniquila os nossos amores.
E esse Alguém não impôs nada a ninguém. Deixou apenas um convite: "quem quiser vir após mim, tome a sua cruz, negue-se a si mesmo, e siga-me."
Esse Espírito ficou conhecido na Terra pelo nome de Jesus, o Cristo.
Habita mundos sublimes, onde a felicidade suprema é uma realidade, e mesmo assim continua amparando e socorrendo Seus irmãos, independente de crença, raça, posição social ou cultura, pois como Ele mesmo afirmou: "nenhuma das ovelhas que o Pai me confiou se perderá."
Pense nisso!
Os dias passam tão rapidamente que nem nos damos conta, e já é Natal outra vez...
E de Natal em Natal, chegamos ao último Natal do século, ao último Natal do milênio...
Por essa razão vale a pena meditar, com seriedade, sobre os ensinos que esse Alguém nos deixou, há dois mil anos...

(Equipe de Redação do Momento Espírita)

O Homem - Roberto Carlos
http://www.youtube.com/watch?v=F0SpbY-4ZGA
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